
O vento sopra, sussurra ao ouvido,
palavras que trazem um medo escondido.
Rasga as árvores, remexe o chão,
como quem traz um coração em vão.
É o vento que grita aquilo que escondo,
um vazio imenso; um poço sem fundo.
Traz memórias de dias passados,
ecos de sonhos já acabados.
Procuro abrigo, mas nada me contém,
é frio o toque que o vento dispara.
Pergunto assim:
“Será que no mundo há quem veja em mim algo mais leve que este peso sem fim?”
A ansiedade dança ao ritmo do ar,
não tem sossego, não deseja parar.
E o medo murmura: “Não serás amado, és igual ao vento, livre, mas isolado”
Mas o vento, mesmo perdido, abraça tudo, vai sem sentido.
Talvez no sopro da sua canção,
haja quem ouça o meu coração.
Mesmo no caos há algo a dar
e quem sabe um dia eu encontre paz, no que sou por dentro, e deixe
de lutar contra o próprio vento.
Poema escrito pela aluna Laura Sequeira, 8º D,
enviado pela professora Maria Teresa Silva