A importância da oralidade nas aulas de Inglês

Artigo de opinião escrito pelo Professor Pedro Rocha, AE de Santa Catarina

No atual contexto educativo, o ensino de línguas estrangeiras, particularmente o de Inglês, tornou-se cada vez mais central na formação dos alunos. Num mundo globalizado, o domínio da língua inglesa é, hoje, visto como uma ferramenta essencial para o sucesso académico e profissional.

Há, contudo, uma dimensão que, muitas vezes, não recebe a devida atenção nas salas de aula: a oralidade. A prática da oralidade nas aulas de Inglês é, sem dúvida, um pilar fundamental no desenvolvimento da competência linguística dos nossos alunos. Embora, como é óbvio, a gramática, a escrita e a leitura sejam verdadeiramente importantes, é através da fala que os alunos conseguem, de facto, aplicar de forma prática o que aprenderam, enfrentando, dessa forma, os desafios reais da comunicação.

A oralidade permite, igualmente, que os alunos desenvolvam confiança e fluência - habilidades essenciais para a comunicação em situações reais. Ao encorajarmos os nossos alunos a expressarem-se verbalmente em Inglês, estamos a prepará-los para interações autênticas fora da sala de aula, seja em contextos profissionais, académicos, no decurso de viagens ou mesmo no desenvolvimento de relações interculturais.

Para além disso, ao integrar, com regularidade, a oralidade nas nossa aulas, nós, professores, estamos a promover uma abordagem mais dinâmica e interativa, onde o aluno deixa de ser um mero recetor de conhecimento e passa a ser um agente ativo na construção do seu próprio processo de aprendizagem.

Atualmente, existem inúmeras ferramentas e métodos pedagógicos que podem ser utilizados para incentivar a oralidade nas aulas de Inglês. Atividades como debates, simulações de situações reais (role-playing), apresentações orais e discussões em grupo são formas eficazes de envolver os alunos de uma forma bastante prática.

O desenvolvimento da oralidade em Inglês está, também, diretamente relacionado com o aprimoramento de outras competências transversais importantes, como o pensamento crítico, a argumentação, a capacidade de ouvir e compreender diferentes perspetivas e, mesmo, a colaboração, tão crucial nos dias em que vivemos. A língua é, em última instância, uma ferramenta de comunicação e quanto mais se pratica a sua dimensão oral, mais os alunos se preparam para usar essas competências em diversos contextos sociais e profissionais.

Em jeito de conclusão, penso que o incentivo da oralidade nas aulas de Inglês é, na verdade, um caminho indispensável para preparar os alunos para o futuro, proporcionando-lhes as ferramentas necessárias para serem cidadãos globais num mundo onde a comunicação intercultural e a fluência verbal são mais valorizadas do que nunca.

 

Oeiras, 04 de outubro de 2024